Chegada do Trem a Campina Grande e Outras Estações Ferroviárias na Paraíba: História, Abandono e Revitalização Sustentável com VLT 2025
Bem-vindo ao blog do Escritório CACTOS ARQUITETOS, o primeiro escritório de arquitetura em Campina Grande e na Paraíba especializado em projetos sustentáveis e tradicionais. Neste artigo, exploramos a rica história das ferrovias paraibanas, começando pela icônica chegada do trem a Campina Grande em 1907. Inspirados no patrimônio arquitetônico tradicional da Paraíba, conectamos o passado ao futuro com ideias de revitalização ecológica. Se você busca arquitetura sustentável em Campina Grande, projetos tradicionais em João Pessoa ou reformas em cidades como Patos, Sousa e Cajazeiras, a CACTOS é a referência pioneira para integrar materiais locais, energia renovável e preservação histórica.
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ToggleO Contexto Histórico: A Chegada do Trem e a Estação Velha de Campina Grande (1907)
Tudo começou com o Decreto Federal 5.237, publicado no Diário Oficial em 26 de julho de 1904, que ratificou o contrato entre o Governo da União e a Great Western of Brazil Railway (GWBR) para a construção do ramal Itabaiana-Campina Grande. As obras avançaram, mas foram interrompidas em Alagoa Grande por falta de recursos. O então prefeito Cristiano Lauritzen viajou ao Rio de Janeiro com recursos próprios, obtendo apoio do presidente Rodrigues Alves e do senador Almeida Barreto para concluir o projeto.
Em 2 de outubro de 1907, a locomotiva nº 3 da GWBR chegou enfeitada com folhas de palmeiras e bandeiras do Brasil, inaugurando a Estação Ferroviária Velha de Campina Grande. Cerca de 4.000 pessoas – quase dois terços da população da época – celebraram o evento, que transformou a cidade em um polo comercial nordestino, facilitando o escoamento de algodão e conectando Campina a Itabaiana e além.
A Estação Velha, com arquitetura colonial retangular, telhado de duas águas em telha canal e extensão suspensa para plataforma (área coberta de 216 m²), é única na Paraíba por sua crista perpendicular. Hoje, abriga o Museu do Algodão e o famoso “Trem do Forró” durante o Maior São João do Mundo.
No Escritório CACTOS ARQUITETOS, usamos essa herança tradicional para criar projetos sustentáveis em Campina Grande e cidades como Queimadas ou Monteiro, incorporando taipa, madeira local e ventilação natural para construções eco-friendly que respeitam a identidade paraibana.
Vista atual da Estação Ferroviária de Campina Grande, um ícone da arquitetura tradicional paraibana. (Fonte: Bruno Coutinho)
A Construção da Estação Nova de Campina Grande (1957-1961): Expansão e Modernidade
Para comemorar o cinquentenário da chegada do trem, a Estação Ferroviária Nova foi erguida em 1957 e inaugurada em 14 de fevereiro de 1961 pela Rede Ferroviária do Nordeste (RFN). Com estilo modernista proto-art déco – influenciado pelo Liceu Paraibano –, inclui painel decorativo de Paulo Neves (1960), torre de relógio e pátio amplo para manobras. Tombada pelo IPHAEP em 2001, simbolizou o auge do progresso, conectando Campina a Patos (1958) e linhas para Recife, Fortaleza e São Luís.
No entanto, o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek priorizou rodovias, levando ao declínio ferroviário. Desativada em 1980 para passageiros, a estação sofreu vandalismo e abandono, com remoção de telhas, madeiras e relógios. Como destacado no artigo “Do auge dos trilhos à incúria” (Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades, 2022), há deterioração material (ruínas, fissuras) e de sentido (invisibilidade social), apesar do tombamento.
Tombada pelo IPHAEP em 2001, representa o auge ferroviário, mas declinou com a expansão rodoviária no Plano de Metas de Juscelino Kubitschek.
No blog “CG Retalhos Históricos” (2020), destaca-se o abandono desde 2015, com vandalismo removendo telhas, madeiras e relógios, apesar de pertencer à União (DNIT).
Fotografias: cgretalhos
A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), através dos pesquisadores do Grupo de Pesquisa Arquitetura e Lugar (Grupal), coordenado pela professora Alcília Afonso (Kaki), está contribuindo com o projeto de revitalização da Estação Ferroviária Nova de Campina Grande.

Outras Estações Ferroviárias na Paraíba: Uma Rede Histórica que Moldou o Estado
As ferrovias paraibanas, com mais de 600 km de trilhos do Litoral ao Sertão, foram cruciais para o comércio de algodão e café, moldando o urbanismo em cidades como João Pessoa, Patos e Sousa. Aqui, um panorama das principais estações, inspiradoras para arquitetura tradicional e sustentável pela CACTOS em toda a Paraíba:
- Estação de João Pessoa (1889): Ponta da linha Conde-Ferroviária, com arquitetura eclética inglesa. Revitalizada como centro cultural, ideal para projetos sustentáveis em João Pessoa e Cabedelo com ventilação natural.
- Estação de Guarabira (1884): Expansão para o Brejo, fachada colonial. Espaço cultural hoje; motiva reformas eco-friendly em Guarabira e Solânea com painéis solares.
- Estação de Sousa (1930): Ramal Patos-Sousa, art déco amarela. Potencial turístico; inspira eficiência energética em Sousa e Uiraúna.
- Estação de Cajazeiras (1932): Ponta do ramal Cajazeiras-Sousa, colonial com ameias. Museu atual; perfeita para construções resistentes ao Sertão em Cajazeiras e São José de Piranhas.
- Estação de Itabaiana (1907): Início do ramal para Campina, estrutura simples. Ruínas parciais; inovações em Itabaiana e Fagundes.
- Estação de Pombal (1932): Patrimônio sertanejo em declínio; promove turismo ecológico em Pombal e Lagoa.
- Estação de Patos (1958): Extensão modernista; mobilidade verde em Patos e Teixeira.
Muitas enfrentam abandono, como em Ingá e Galante, devido ao foco rodoviário pós-1970.
| Estação | Cidade | Ano | Estilo | Uso Atual |
|---|---|---|---|---|
| Velha de Campina | Campina Grande | 1907 | Colonial | Museu/Trem do Forró |
| Nova de Campina | Campina Grande | 1961 | Modernista | Revitalização |
| João Pessoa | João Pessoa | 1889 | Eclética | Cultural |
| Guarabira | Guarabira | 1884 | Colonial | Cultural |
| Sousa | Sousa | 1930 | Art déco | Turística |
| Cajazeiras | Cajazeiras | 1932 | Colonial | Museu |
| Itabaiana | Itabaiana | 1907 | Simples | Ruínas |
| Pombal | Pombal | 1932 | Sertaneja | Declínio |
| Patos | Patos | 1958 | Modernista | Conexão |
Declínio, Abandono e Movimentos de Ocupação nas Estações Paraibanas
O declínio acelerou nos anos 1970-1990, com privatizações e rodovias. Movimentos como #OcupaEstação em Campina buscam resgate, mas faltam políticas estaduais.
O Trem do Forró: Tradição Viva na Estação Velha de Campina Grande

O Trem do Forró é uma das maiores atrações do Maior São João do Mundo, resgatando a Estação Velha como ponto de partida para uma viagem cultural única. Criado em 1993 pela Prefeitura de Campina Grande em parceria com a Transnordestina Logística (antiga CFN), o projeto revive os trilhos históricos com composições decoradas em temática junina – bandeiras coloridas, balões e forró pé-de-serra ao vivo.
Detalhes operacionais (edição 2025):
- Trajeto: 28 km ida e volta (Campina Grande → Galante), passando por paisagens da Borborema.
- Duração: Aproximadamente 2 horas (ida + volta), com embarque na Estação Velha.
- Capacidade: Até 800 passageiros por viagem, em vagões reformados com bancos de madeira, mesas para petiscos e trios de forró (zabumba, sanfona e triângulo).
- Datas 2025: De 6 a 29 de junho, com saídas diárias às 10h, 14h e 18h (confira programação oficial).
- Ingressos: R$ 80 (inteira) a R$ 150 (VIP com open bar de cachaça e quitutes juninos), vendidos online via Sympla ou na bilheteria.
- Atrações: Shows de artistas como Flávio José e Genival Lacerda (edições passadas), quadrilhas e animação com mestres de cerimônia. Em 2024, transportou 25.000 turistas, impulsionando economia local em R$ 5 milhões.
Iniciativa sustentável: Vagões usam biodiesel e parcerias reciclam resíduos juninos. Como destacado em fontes oficiais (Prefeitura de Campina Grande, 2025), o Trem do Forró preserva a memória ferroviária enquanto promove turismo cultural.
O VLT 2025: Revitalização Ferroviária e Oportunidades Sustentáveis em Campina Grande
Em 2025, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) marca o renascimento das ferrovias na Paraíba. Anunciado pelo ministro Renan Filho em julho, com R$ 100 milhões investidos, moderniza 15 km de trilhos inativos, interligando 11 bairros (Araxá, Catolé, Quarenta, Distrito Industrial) e beneficiando 1 milhão de pessoas. Obras iniciaram em agosto, com 25 mil dormentes de concreto e integração à Estação Nova como hub.
Atualizações de outubro incluem reuniões com ANTT, STTP e prefeitura para coleta de dados, visando conclusão até 2027. Vagões acessíveis para PCD e reaproveitamento histórico reduzem emissões e impulsionam turismo, especialmente no São João.
No Escritório CACTOS ARQUITETOS, vemos o VLT como oportunidade para arquitetura sustentável em Campina Grande: designs eco-friendly nas paradas, paisagismo verde e materiais reciclados. Como pioneiros na Paraíba, oferecemos expertise para extensões a Patos ou Sousa, fundindo tradição com mobilidade verde.

Mapa do VLT Campina Grande 2025, oportunidade para projetos sustentáveis da CACTOS em bairros interligados.
Esse VLT promove mobilidade sustentável, reduzindo emissões e impulsionando o turismo, especialmente no Maior São João do Mundo. No Escritório CACTOS ARQUITETOS, vemos oportunidades para projetos que integrem arquitetura tradicional às estações do VLT, como designs eco-friendly com materiais reciclados e paisagismo verde em paradas. Como pioneiros na Paraíba, oferecemos expertise para revitalizações em Campina e extensões futuras para Patos ou Sousa, posicionando-nos como líderes em sustentabilidade urbana.
Fontes:
– Retalhos Históricos de Campina Grande;
– Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades (2022);
– Estações Ferroviárias do Brasil;
– Notícias oficiais sobre VLT 2025.














